16 de abril de 2010

ESPECIAL FÓRCEPS - Cobertura Conexão Vivo - 10 anos

15/04 (1º DIA) - Parque Municipal
texto e fotos por João Rafael

A fila não estava tão grande. Era pouco mais de 19h e as pessoas se posicionavam para trocar a mensagem de celular equivalente à uma entrada para qualquer dia de Conexão. Apesar da tranqüilidade, muitos pulavam as grades que moldavam um corredor para furar fila. Já se figurava a cara do público, sempre moderno, jovem e muito diversificado. Gente ora artista, ora espectador.

Em minutos estávamos dentro do Parque, já visualizando toda a estrutura. Embora bem parecida com a dos anos anteriores, fluía ali um ar de novidade, tanto nos bares participantes com seus diferentes pratos e bebidas, quanto nas banquinhas de discos e diferentes produtos que se espalhavam pelo parque. A banquinha do Coletivo Pegada estava firme e forte, bastante movimentada e procurada. Uma referência para todos agentes e parceiros da rede Fora do Eixo que passavam (e ainda passarão) pelo festival.


Como já tradicionalmente, os shows se alternariam nos dois palcos, sendo o primeiro no palco paralelo à Avenida Afonso Pena. Com uma hora de atraso subiu ao palco a cantora e tecladista Paraense Iva Rothe. O público ainda chegava e se aconchegava e a cantora acompanhada de sua banda, encantava com um timbre refinado, muita simpatia e talento. As músicas traziam uma pegada pop, mas sempre recheada de regionalidade, nos arranjos e nas letras. As pessoas começavam a remexer e a espantar o frio.



Descemos para o palco da “graminha”, considerado por muitos o palco principal para ver a atração local, Graveola e o Lixo Polifônico, que já leva um público considerado em suas apresentações. Não foi diferente no Conexão. As pessoas já se apertavam em frente ao palco, para cantarolar e sambar as canções já conhecidas de seu repertório e as novas do disco um e meio.






A terceira atração da noite praticamente nem desceu do palco. Isso porque Pio Lobato, também do Pará, era o guitarrista que acompanhava Iva Rothe. Em troca simbólica de posição, a tecladista também o acompanhou. O baterista e o baixista também eram os mesmos. Pio trouxe ao parque um pouco de guitarrada instrumental. Com bastante swing, a sonoridade carregada de sensualidade, também envolveu o público, em noite dançante inspiradora.





O parque já estava cheio, mas com espaços que permitia uma boa circulação das pessoas, quando começou o show da Pernambucana Alessandra Leão. A cantora mostrou porque vem cativando o público brasileiro, principalmente o de São Paulo, onde ela tem feito uma série de shows. Timbres típicos de Pernambuco com muita percussão e cordas. Sua voz forte e marcante me lembrou a de uma cantora colombiana, com trêmulos arrepiantes. Mais motivação para aqueles que já consideravam o 1º dia do Conexão Vivo um grande baile.



O encerramento tinha o nome mais conhecido da noite como convidada; Elza Soares daria uma canja no show da Sandália de Prata (SP). O show não poderia ser outro para fechar com chave de ouro a quinta feira fria de BH. O som era um caldeirão, com black Music, soul e samba rock, com uma “metaleira” suntuosa. De última hora e de improviso, o rapper mineiro Renegado que também se apresentará no festival, subiu ao palco e caiu no swing com os paulistas. Infelizmente devido ao horário, não pude ficar e relatar a participação da Elza.



Ao todo o festival terá mais de cem atrações musicais além de seminários, oficinas e rede de relacionamento. Já da pra imaginar como serão os próximos dez dias, no festival com uma das maiores diversidades culturais do país.

Um comentário:

fernanda ler.ato disse...

ow querido... vissê que lindeza!
cobertura bem massa por aí, e se cuida, moço!
beijo beijo e carinho.