18 de outubro de 2008

Pé na estrada: Fórceps no Circuito Mineiro # 1

No último dia 04 o Fórceps completou um ano de existência e o momento não podia ser melhor. Festivais, coletivos, produtores, jornalistas e bandas surgem e dialogam por todo o Estado formando um cenário inédito em MG. O que só havia em âmbito nacional (Circuito Fora do Eixo) começa a acontecer (com suas especificidades) em âmbito estadual no Circuito Mineiro de Música Independente.

Nos últimos dias o Fórceps teve a oportunidade de, além de reunir várias cidades durante o festival Escambo em Sabará, viajar a Uberlândia e Montes Claros para acompanhar os festivais Jambolada e Pequi Rock respectivamente, além do lançamento do coletivo Pegada em BH. Na agenda até o final do ano ainda estão o lançamento do Anti-Herói em Divinópolis e do Peleja em Patos de Minas. Isso sem falar nas Noites do Circuito Mineiro que começam a acontecer no Goma em Uberlândia. Enfim, as coisas estão a mil e é tudo apenas o começo em Minas Gerais. O que acompanhamos nas últimas semanas e o que acompanharmos nas próximas você poderá ter uma idéia lendo aqui no blog o "Pé na estrada: Fórceps no Circuito Mineiro".

JAMBOLADA
12, 13 e 14 de setembro


Pela primeira vez tivemos a chance de conferir o que é hoje o maior festival independente do Estado. Em sua quarta edição o Jambolada reuniu dezenas de nomes importantes no cenário independente nacional tanto da música como da comunicação e da produção e deu o ponta-pé inicial na implantação do projeto do Circuito Mineiro.

Diferentemente da maioria dos festivais do circuito no Estado, o Jambolada conta com um grande patrocínio o que lhe permite oferecer uma estrutura rara entre os coletivos mineiros. Para começar duas vans foram disponibilizadas para fazer os 556 km que separam BH de Uberlândia, levando as bandas Transmissor, Renegado, Enne e Carolina Diz, além do coletivo Fórceps. Todos ficamos em hotéis, com alimentação e transporte garantido para a Acrópole, onde aconteceram quase todos os shows. Foi lá que cerca de 4 mil pessoas puderam ver ótimas apresentações como as do Cordel do Fogo Encantado, Macaco Bong, Ratos de Porão e Diego de Moraes e o Sindicato (uma das maiores promessa da música nacional). Sem falar na super hypada Mallu Magalhães que levou adolescentes ao delírio e seguranças ao desespero para conter a imensa fila de gente em busca de uma foto, um autográfo ou sei lá o que.



Shows a parte outros grandes destaques do festival foram o empenho do coletivo Goma, criado em 2007 em Uberlândia, pela primeira vez participando da produção do festival e o Encontro do Circuito Mineiro de Música Independente (CMMI). Embora poucos coletivos estivessem presentes no encontro, ele marcou a retomada do processo de formação do circuito, já que, como explicou Talles, as coisas mal tinham saído do lugar desde a reunião que acontecera no Jambolada no ano anterior, quando a idéia do CMMI veio à tona.

Dessa vez estavam presentes representantes do Fórceps, Goma, Alto-Falante, Outro Rock, 53HC, do coletivo em formação de Uberaba e ainda Pablo Capilé do Espaço Cubo de Cuiabá. Embora a maioria das pessoas estivessem fadigadas devido à maratona de shows nos dois dias anteriores, e à famigerada "Festa do 315", algumas coisas foram encaminhadas com relação ao CMMI. Com mais de R$ 70 mil conseguidos através do Fundo Estadual de Cultura, o projeto proposto pela pela SIM (Sociedade Independente da Música) promoverá a circulação de seminários e oficinas por sete cidades mineiras: Sabará, Uberlândia, Montes Claros, Divinópolis, São João Del Rey, Poços de Caldas e Juiz de Fora. Pablo e Talles (Goma) falaram sobre a importância geográfica, econômica e cultural de MG para a expansão da rede de cultura independente e sobre como temos uma situação privilegiada em relação a todos os outros Estados. Alguns participantes fizeram comentários sobre o cenário atual no Estado e o Fórceps terminou responsável por criar a lista de discussão, na qual atualmente todos os coletivos trabalham diariamente na estruturação do circuito.

Em Breve #2: Festival Escambo

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