8 de novembro de 2010

A - veloz - cidade do tempo

Uma hora tudo fica tangível. Das ideias cria-se um chão, uma imagem longa e profunda, transposta por um piscar de olhos, que delimita a hora em que a coragem, a força e a vontade ganharam rostos. A hora que perdemos a noção de que tudo não era apenas uma viagem.

Enquanto há seres que ainda se percebem conflitantes geracionais, adorando suas conquistas pela longevidade, nós, podemos aliviados e felizes agora viver um mundo atemporal e real, pisar em gramas setentistas, usar das palavras reprimidas e desafogar em acordes contemporâneos. Acordes estes que em 2010 saem de uma guitarra já adulta, mostrando a sinergia de um universo onde conversamos com pessoas em 1969 e em 2027 ao mesmo tempo.



Sim, é tangível. Datado. É Vivaz. Momento único pra didática nenhuma botar defeito. Para entrar no hall de pesquisa e de fatos simultaneamente para areas distintas. Será rápido, deixará saudades mas será o marco de todo processo. Poderemos então matar nossas idades e ficar coma mente livre, transitando entre a as cores da juventude e a serenidade de uma certa maturidade física matemática. A partir dai, o ano poderá ser novamente um ciclo.

Tem nome e Tem voz. No palco, na íris de Gil estará uma geração por anos perdida e escondida. Desencontros eu diria. Juntos agora, em rede, indicao sentido de corajosos que acreditaram e batalharam, choraram e sonharam com mudanças e transformações através de arte, política e da cultura de ambas. Dentro do peito de Gil estarão ventos implácaveis destas milhares de pessoas e nos instrumentos do Macaco Bong o desabafo e a fala cansada mas vitoriosa de "ei, saimos da reta do abismo, podemos andar mais seguros, mas andaremos ainda muito.

O Futurível chegou.

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